segunda-feira, 21 de junho de 2010

19-06-2009 morte

Veja querido o que com nós está a acontecer...


Insanos, dissimulados, vadios, solitário não somos os dois, estranhos...

Já não somos nós mesmos e hoje creio que melhor teria sido se tivéssemos morrido naquele acidente.

Não se assuste amor, não se assuste. Hoje não nos lembrariam tristes, não sozinhos, de nossas lágrimas desconheceriam e nenhum olhar de pena seria a nós dirigidos.



Diriam ao se passar esse ano: tão jovens, eram felizes.

Não se lembrariam de nossas desgraças, já não nos lembrariam de nossas desgraças.

Continuaríamos um, abraçados exploraríamos o desconhecido e jamais nos separaríamos e o tédio já não poderia nos alcançar...

Imagine amor, nós a dançar pela eternidade a canção de nossa morte e por mais que todos chorassem seriamos plenos de graça e luz onde nenhuma dor nos maltrataria, onde em seus lábios o sorriso fosse rei e eu seria a senhora de todo esse amor; mais ninguém!

Melhor seria que tivéssemos morrido meu bem, melhor que esse amor a nos matar. Matar quem somos, incoerentes, covardes... Ah se hoje fossemos luz e nada disso fosse real, nunca nos imaginaríamos assim e se um dia o viéssemos a fazer encheríamos o mundo com nossos risos, todas as estrelas iriam sorrir conosco e essas lágrimas amor, jamais passariam por sua face, serias como sempre desejei um ser abarrotado de toda a felicidade do mundo pleno em si pleno em mim.

Deves estar a perguntar-se e tu paixão? Eu querido? Não me imagino mais feliz do que fui! Mesmo viva, mesmo não sendo luz estava tão próxima de todas as luzes, tão radiante poderia julgar-me ser o sol. Fui sol e tu foste minha lua, porque não esperastes a fase nova passar meu bem? Porque me deixas a desejar nossa morte para que em eternidade passemos a nos amar?

Se somos vivos e covardes de mais vale a morte, entregar-me aos vermes que a ti seria dar dignidade a minha carne, far-me-ia útil à terra que me sustenta. E a ti, que diferença faria amor?

Melhor seria estarmos mortos...

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