terça-feira, 7 de setembro de 2010

Não leve a sério

Sozinho? É assim que posso senti-lo, sozinho.
Esse coração não mais suspira por ti. Não prometo nada. Não prometo que amanhã será assim. Sinto que meus olhos para sempre lhe devorarão. E nada sou capaz de prometer-lhe.

Contigo não quero falar, é com ela. Não venha com gentilezas, quero-te mudo. Imploro seu silêncio, apatia, toda distância do mundo. Permaneça calado amor e quando vier não venha em silêncio.

Louca! Maluca.
Adoro o som da sua voz. Mas não quero ouvi-la. Chame-a. É com ela que quero falar. Cale-se e chame-a! Guardo tudo comigo.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

NÃO É SOBRE O AMOR, TALVEZ SEJA SOBRE O EGOÍSMO.

Por ser mulher e sentir-me forte e ao mesmo tempo frágil posso dizer que gostaria de viver em uma sociedade com outros pensamentos, sociedade livre. E quando paro para, a esse respeito, pensar vejo que essa sociedade sou eu e são meus atos que não refletem a liberdade que gostaria que a sociedade tivesse.


Digo isso por ser uma romântica, às vezes penso sofrer do mal do século ou do mau do século passado somado ao mau deste século. Talvez todos os maus de todos os séculos!
Amo e não nego, amo sem necessitar do amor dos outros para que o meu seja justificado, amo por amar e ponto final. Qualquer coisa diferente disso em mim seria hipocrisia. Sou o tipo de mulher que é só sentimento e confusão, talvez loucura.

O amor me deixou exausta. Toda dedicação, deduções, pensamento criativo, mãos geladas, frio na barriga, brigas por besteiras, necessidade, vontade e desejo. Tudo isso somado a tantas outras pequenas coisas que faz um relacionamento realmente existir, durar e com ele terminar, terminar nos enlouquecendo. Amar é para quem tem tempo, para quem está disposto, quem não tem medo e julga conseguir chegar até o final sem se perder, sem por ali terminar. É um belo jogo. O jogo dos sortudos, dos dispostos e dos malucos. Quem tem um pouco de juízo nem pensa nele entrar.

Dele saí e nele não quero por tão cedo regressar. Perdi por desconhecer as regras desconhecidas. E depois de viver o caos pude ver o sol regressar no mais sublime local em que sempre está disposto a nascer; dentro de mim! A deixar tudo dourado e encantador. Confesso não querer regressar por agora por ter medo de não conseguir mais me apaixonar e por medo de consegui-lo, sentir-me parte do jogo. Medo de não encontrar na outra parte dessa dupla alguém que seja melhor do que todas as duplas que tive.

Tenhas precioso cuidado ao resolver ingressar nessa dança, podes sair com eternas cicatrizes e algumas dores por ser pisado pelo outro, mas, se serve de consolo, sempre aprenderás um passo novo.

Tive e vivi amor, encarei não como em um jogo de quem ama mais ou menos, não o encarei como um jogo. Amei e amei bem. Amei com amor. E quando pareceu não mais haver amor... Amei mais um pouco, amei na ausência, amei na saudade, amei de pirraça, pura maldade das flores. Amei que cansei. E quis viver em uma sociedade livre em que eu decidisse quem seriam os candidatos a governador de meu estado, em que eu decidisse quem beijaria naquela noite. Eu! Apenas eu, a achar feio tudo o que não é espelho. Apenas eu!
Escolhi! Escolhi todos ou quase todos. Tive meus beijos que mudaram meus lábios de cor, tive meu príncipe ajoelhado aos meus pés a segurar-me as mãos. Tive meu sonho de consumo, o melhor beijo do mundo, os garotos mais jovens; quis também aos mais velhos, quis e quis mais um pouco, fui desejada e desejada mais um pouco, encontrei semelhanças, procurei diferenças. Escolhi e escolhi. Escolhi não amar e não deixar ser amada.
Julguei e fui julgada. Quem sabe as fáceis, quem sabe as que não os espera, não espera suas escolhas, não poupa as demonstrações de interesse. Não interesse por um coração, declaração e uma serenata, nada de buquês de rosas mortas. Quis o que tive. Todo o desejo, todos os abraços e lábios de cores que a mim não pertenciam. Quis o que tive. E que viva todo ópio.

Que viva toda sociedade não livre que justifica nossas ações, que condicionam nossos pensamentos e nos faz seres que querem sempre e mais o que muitas vezes não lutam, não estão dispostos a transformar.

E diga o que quiserem, eu não quero mais amor. Dele não desisti e creio que isso jamais será possível; só mudei o foco, agora quero amar-me e ter por, pouco tempo, aquilo que eu quiser. Até que tudo mude de novo e volte amar com amor, a me atirar sem vendas nos olhos, àquele que eu deixar me escolher, cativar e que seja capaz de me amar com amor!