terça-feira, 29 de maio de 2012

Panquecas, falta de jeito e desassossego


Inteligente, um estilo alternativo, magrelo e um vermelho-laranja que me encantou.
E eu olhei, revirei do avesso, procurei uma brecha e espiei. Fiquei quieta, medi suas palavras, os passos. Sugeri o tamanho do coração, a quantidade de sangue, o tamanho do sorriso e sosseguei.
Bati devagarzinho na porta da sua vida e sorri eufórica quando vi que destrancaram. Não abriram mas era um convite – ao menos eu acho.
Ensaiei um conversa. Fingi que não o vi e como se fizesse parte da família dos faisões exibi o que de mim existe de melhor em um desfile de plumas e exuberância por ele nem notado.

E quer saber, hoje eu tenho cansaço de pensar em desvendar. O que antes eu pagava para ver hoje me parece enfadonho. Perspectiva de mais uma situação redundante.
Toda pequena tentativa é como esbarrar em uma porta de vidro. Eu fico com vergonha e vejo que não tenho jeito para essas coisas. Então que seja assim.
Prefiro aprender a fazer panquecas, ao menos no final é gostoso.



Ilustração: Liz Clemente


O próximo foi dispensado e estou fechando para balanço.
Grata. A direção desse coração maluco e burro.

sexta-feira, 25 de maio de 2012


O seu silêncio grita bem alto em meu ouvido que você não quer fazer amor.
Podíamos aproveitar o silêncio dessa noite para brincar. Brincar de adivinhar quem me ensinou a escrever assim, desse jeito que você já não entende. Pressupondo que você vai me ouvir.
Um idiota qualquer pode pensar que é para ele. Sorriso em meu rosto.
Quem um dia iria confundir nossa história ou o que sinto com qualquer outra história ou sentimento estúpido?

Um sorriso em meu rosto. Eu deveria te deixar. Quanta convicção de seus sentimentos.
Sobramos os dois. Sujos e doentes.
Um pouco mais de dor e voltamos a dançar.

sábado, 19 de maio de 2012

.Lucidez.

Doí, machuca, coça, incomoda.
Uma sútil dor a mostrar-lhe  o que é ter paciência - o como as feridas cicatrizam.

Dedos, unhas, a impaciência, o sangue.
Teima em não respeitar os limites do corpo,
nada aprendeu sobre o processo de tornar-se integra,
voltar a ser completa.

Dedos inquietos a desrespeitar o processo que restabelece
tudo o que foi agredido.

O que lhe basta é o misto de dor e sangue,
a ferida aberta, as manchas por onde encosta.
.Cicatriz.

Que o mundo veja as marcas,
o que vale é a cicatriz - rainha das terras do Jamais Esquecer.

Que vejam, mostrem-se, cicatrizem.
Não sem antes retirar toda a casca, mostrar o sangue, marcar o corpo.

16.05.2012

sábado, 5 de maio de 2012

Now you're just somebody that I used know

   Nunca fiz isso aqui antes e até escrevi algo que se adequasse a toda essa situação, me permitindo ver de maneira ampla as maluquices de cada detalhe e mostrando o meu ponto de vista sobre tudo isso. Foi quando essa canção fez muito mais sentido. Gostaria de tê-la escrito para ele, transformado em canção para que já não esquecesse e mostrar como me sinto.
   Como eu imaginava não cumprimos o combinado. Fui sendo levada e me deixando levar nessa grande maluquice. No fundo me sinto feliz pela forma como terminou, na verdade fico feliz por ter terminado.

Now and then I think of when we were together
(...)

You can get addicted to a certain kind of sadness
Like resignation to the end, always the end
So, when we found that we could not make sense
Well, you said that we would still be friends
But I'll admit that I was glad that it was over

But you didn't have to cut me off
Make out like it never happened and that we were nothing
And I don't even need your love
But you treat me like a stranger and that feels so rough
No, you didn't have to stoop so low
(...)
I guess that I don't need, that though
Now you're just somebody that I used to know
(...)
Now and then I think of all the times you screwed me over
But had me believing it was always something that I'd done
But I don't wanna live that way, reading into every word you say
You said that you could let it go
And I wouldn't catch you hung up on somebody that you used to know

But you didn't have to cut me off
Make out like it never happened and that we were nothing
(...)
Somebody, now you're just somebody that I used to know