terça-feira, 29 de maio de 2012

Panquecas, falta de jeito e desassossego


Inteligente, um estilo alternativo, magrelo e um vermelho-laranja que me encantou.
E eu olhei, revirei do avesso, procurei uma brecha e espiei. Fiquei quieta, medi suas palavras, os passos. Sugeri o tamanho do coração, a quantidade de sangue, o tamanho do sorriso e sosseguei.
Bati devagarzinho na porta da sua vida e sorri eufórica quando vi que destrancaram. Não abriram mas era um convite – ao menos eu acho.
Ensaiei um conversa. Fingi que não o vi e como se fizesse parte da família dos faisões exibi o que de mim existe de melhor em um desfile de plumas e exuberância por ele nem notado.

E quer saber, hoje eu tenho cansaço de pensar em desvendar. O que antes eu pagava para ver hoje me parece enfadonho. Perspectiva de mais uma situação redundante.
Toda pequena tentativa é como esbarrar em uma porta de vidro. Eu fico com vergonha e vejo que não tenho jeito para essas coisas. Então que seja assim.
Prefiro aprender a fazer panquecas, ao menos no final é gostoso.



Ilustração: Liz Clemente


O próximo foi dispensado e estou fechando para balanço.
Grata. A direção desse coração maluco e burro.

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