sábado, 19 de maio de 2012

.Lucidez.

Doí, machuca, coça, incomoda.
Uma sútil dor a mostrar-lhe  o que é ter paciência - o como as feridas cicatrizam.

Dedos, unhas, a impaciência, o sangue.
Teima em não respeitar os limites do corpo,
nada aprendeu sobre o processo de tornar-se integra,
voltar a ser completa.

Dedos inquietos a desrespeitar o processo que restabelece
tudo o que foi agredido.

O que lhe basta é o misto de dor e sangue,
a ferida aberta, as manchas por onde encosta.
.Cicatriz.

Que o mundo veja as marcas,
o que vale é a cicatriz - rainha das terras do Jamais Esquecer.

Que vejam, mostrem-se, cicatrizem.
Não sem antes retirar toda a casca, mostrar o sangue, marcar o corpo.

16.05.2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário