quinta-feira, 15 de julho de 2010

GRITA-DORES

Ela poderia às vezes ficar calada. Somar a sua existência o silêncio daqueles, todos aqueles, que nunca aprenderam a falar, ruído algum foram capazes de emitir.

Ela poderia, faria a nós felizes.

Tanta dor naquele grande coração se transforma em palavras.
Todo desgosto, decepção, desejos, os sonhos que morreram, os malditos amores, tudo em sua infame vida torna-se palavras.

Todo cigarro não fumado, todo capitulo da novela repetida perdido, todo carinho que não teve e as dores, todas elas. Nada é poesia, nenhuma delas tornou-se canção, romance ou declaração. São GRITOS desarticulados, incômodos, remédio entalado na garganta, sopros, o coração a crescer, nenhum abraço. GRITO!
Tudo tão cheio de gritos que somos apenas silêncio.
Volume máximo nas palavras do cotidiano para que os ecos venham lhe abraçar.

Que vivam seus GRITOS abraça-dores, que Deus cuide de nossos pequenos ouvidos cheios de cera!

Jesus ama você!

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